segunda-feira, 31 de maio de 2021

MITOLOGIA INDIANA

 Mitologia Hindu  está fundada nos Vedas, que são os livros sagrados dos hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os  escreveu. Brahma é o Deus supremo da tríade hindu. Seus atributos são representados pelos três poderes: criação, conservação e destruição, que formam a Trimuri ou trindade dos principais deuses: Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente, da criação, da conservação e as destruição.

Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as divindades individuais e por ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e criou a alma humana que, de acordo com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como uma fagulha pertence ao fogo.

Brahma, quando da criação do mundo, resolveu dar à Terra habitantes que fossem criados da sua própria emanação. Assim, criou através de sua boca, seu filho mais velho, o Brâmane, que significa o sacerdote, ao qual confiou os quatro Vedas. De seu braço direito saiu Chátria, o guerreiro, do esquerdo, a esposa do guerreiro. Das suas coxas surgiram os Vaissias, do sexo masculino e feminino (agricultores e comerciantes) e de seus pés, os Sudras (mecânicos e trabalhadores).

Vishnu ocupa o lugar logo abaixo da Brahma na trindade hindu. Ele é a personificação do espírito da conservação de tudo e, para proteger o mundo em épocas de perigo, desceu à Terra sob várias formas de encarnação, conhecidas como avatares, dos quais dez são os mais mencionados:

Matsia, o primeiro, sob forma de peixe, preservou o ser humano por ocasião do dilúvio. O segundo, como tartaruga, protegeu a Terra quando os deuses agitavam o mar. Os outros seis avatares tinham a mesma finalidade de proteger o bem e punir o mal. O nono é o mais celebrado dos avatares de Vishnu, que veio sob a forma humana de Krishna, um guerreiro invencível, que livrou a Terra dos tiranos que a dominavam. O décimo avatar é Calque, que surge no fim da época presente do mundo, para destruir todos os vícios e devolver a virtude e pureza à humanidade.

Shiva, a terceira pessoa da trindade hindu é a personificação do princípio destrutivo que, embora estando em terceiro lugar na hierarquia e com menor número de adoradores, é o mais importante dos três deuses. As Puranas, escrituras sagradas da moderna religião hindu, não citam o poder de Shiva relacionado à destruição, mas a regeneração, uma vez que ele só viria exercer seu poder, depois de passados doze milhões de anos e o universo tivesse de acabar. Assim, ele é mais regenerador do que destruidor.

Vishnu e Shiva são mais adorados do que o próprio Brahma, pois este é tido como um deus que, tendo concluído a criação do universo, não está mais em atividade e, por isso, tem apenas um templo na Índia, enquanto os outros dois, têm vários e seus seguidores disputam entre si qual deles é o mais poderoso. Os adoradores de Vishnu têm maior apego à vida, abstinência de alimentos de origem animal e um culto bem mais tranqüilo do que os de Shiva.

Fonte:
Bulfinch, Thomas, 1796-1867 – O livro de ouro da mitologia: a idade da fábula: histórias de deuses e heróis / Thomas Bulfinch – 9ª Ed. – Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

[Amigos de Krishna] Clube do Dharma, Entrevista com o Fundador

 

Clube do Dharma, Entrevista com o Fundador

 

 

Entrevista com Nrisimhananda Dasa

 

Clube do Dharma completa 1 ano de existência com mais de 500 horas de vídeos e muitos projetos para o futuro.

 

Volta ao Supremo: Como surgiu o Clube do Dharma, e por que esse nome?

 

Nrisimhananda: Acho que ele foi surgindo aos poucos na minha mente. Em 2014, eu residia em Campinas, junto com os outros brahmacharis do projeto Lapidar. Nessa época, nós realizávamos muitos encontros de bhakti-yoga no interior de São Paulo, especialmente nas universidades. E uma pergunta frequente que eu ouvia dos jovens estudantes era como eles poderiam usar o dharma material, a vocação profissional que eles estavam aprofundando em seus cursos de graduação, a favor do dharma espiritual, da consciência de Krishna. Infelizmente eu não soube dar uma resposta satisfatória na maior parte das vezes. Foi aí que eu senti que precisávamos discutir mais sobre este ponto.

 

No movimento Hare Krishna, se você é um músico, cozinheiro, professor de yoga, tem aptidão para vendas ou outras habilidades ligadas às demandas dos projetos já estabelecidos, então você terá uma chance de usar sua natureza material em consciência de Krishna. Caso contrário, o que lhe sobra é apenas viver sua vida profissional de forma a se sustentar e dar alguma doação no final do mês para a ISKCON e usar seu tempo livre para fazer serviço nos templos, que é considerado o serviço devocional de verdade, aquele que vale.


O que normalmente ouvimos é que podemos viver nossa vida social e profissional de forma honesta, com uma boa conduta moral, ser um exemplo para a sociedade e, ao fazermos isso, estaremos servindo a Krishna, demonstrando na prática para o mundo o comportamento de um devoto. Obviamente eu concordo com isso; com certeza isso é necessário. Apenas não acho que seja o suficiente.


Srila Prabhupada disse algumas vezes que ele havia feito apenas metade da sua missão, disseminando por todo o mundo o cantar dos santos nomes e a filosofia de Krishna e criando uma sociedade de devotos dedicada a manter este projeto. Porém, ele disse que precisávamos completar sua missão criando varnasrama, a estrutura social centrada no dharma. Eu acredito que isso será possível quando aprendermos a viver o dharma na arte, na política, na economia, na pesquisa científica, no serviço social, e não apenas em um ambiente monástico ou religioso.

 

 

Srila Prabhupada, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna.

 

Pensando em tudo isso, percebi que deveríamos ter um projeto que debatesse o dharma no mundo contemporâneo. No começo de 2020, junto com o isolamento social por causa da pandemia, houve também um acréscimo incrível do público de lives. Nessa época, resolvi fazer um programa nas redes sociais do Ashram Vrajabhumi, onde eu residia na época, chamado “Tardes do Dharma”, justamente para elaborar um pouco melhor estes pontos que eu vinha refletindo. Daí, organicamente, o programa foi crescendo até se tornar um projeto à parte. Queríamos um nome simples, descontraído e que tivesse a palavra dharma no meio. “Clube do Dharma” foi a primeira sugestão que apareceu e todos gostaram.

 

Volta ao Supremo: Como foram surgindo novos programas e novos apresentadores dentro do Clube? Esse era um plano desde o começo?

 

Nrisimhananda: Os primeiros colaboradores do Clube foram Damodara, que é minha esposa; Mani, então secretária de Vrajabhumi, e Lilesvari, que hoje coordena o Lapidar Clube do Dharma. Com a ajuda delas, pudemos fazer uma boa divulgação, e o público do Clube foi aumentando e se diversificando. Foi aí que pensamos que poderíamos aproveitar a estrutura que estava sendo criada para abordar outros aspectos da consciência de Krishna, e novos programas com novos apresentadores seria a melhor forma de conseguir isso.

 

 

Lilesvari trabalha na edição de um episódio da série Ateísmo Vs. Dharma.

 

 

Dhira Chaitanya, em uma transmissão ao vivo do programa Dia D.

 

Dhira e Nityananda são meus amigos de longa data, fomos distribuidores de livros juntos por anos, então foram os primeiros convidados. Dhira conduz o “Dia D”, em que o público é convidado a mais do que ser ouvinte, mas participar de uma meditação guiada com variados temas. Já Nityananda é responsável pelo programa “Além do Vedanta”, que aborda os ensinamentos do Senhor Chaitanya conforme declarados diretamente por Ele, como em Seus diálogos com Rupa Gosvami, Prakashananda Sarasvati e muitos outros contemporâneos.

 

 

Nityananda, em gravação em sua casa para o Além do Vedanta.

 

Depois novos colabores incríveis foram se unindo ao projeto. Hoje temos a família Padma-Sundari, Hari, Radha-lila e Ravi com o programa lúdico “Lilas: Histórias sem Fim”, o Guru-sevananda falando sobre a meditação nos nomes de Krishna (ele está fazendo doutorado no Canadá sobre o tema), Rama-charita com o programa Buddhi e já estamos alinhando novas colaborações para um futuro próximo.

 

Volta ao Supremo: Qual o tipo de conteúdo que desperta maior interesse das pessoas?


Nrisimhananda: Em geral, aqueles que tratam de temas tabus, como aborto, política nacional e casamento homossexual. As pessoas estão um pouco cansadas de ver esses temas sendo abordados de forma polêmica e sentem necessidade de ver uma discussão mais sensível, honesta e profunda. Apesar das dificuldades, porque não somos peritos em vários desses assuntos, estamos tentando fazer justamente isso, a partir da perspectiva vaishnava.

 

Volta ao Supremo: Até hoje, qual o episódio que mais gostou de gravar?

 

Nrisimhananda: Os episódios especiais com participação do meu mestre espiritual, Sua Santidade Chandramukha Swami, e do guru dele, Sua Santidade Hridayananda Dasa Goswami, foram naturalmente os mais empolgantes e gratificantes para a gente.


O que eu achei mais divertido de fazer foi o episódio sobre o dharma nos ensinamentos do mestre Yoda, que foi o episódio de estreia da série “Superalma”. O primeiro episódio da série “Dharma News” foi muito desafiador, mas também foi muito satisfatório.

 

Volta ao Supremo: Além das discussões aprofundadas de temas polêmicos, o Superalma também é um conteúdo bem diferenciado do que costumamos ver. Poderia falar mais sobre essa série?

 

Nrisimhananda: Todos os programas do clube refletem a personalidade de seus apresentadores. Cada apresentador fica totalmente livre para contribuir com suas aptidões e como acreditam que a consciência de Krishna deve ser apresentada. O Superalma, igualmente, nasceu do meu desejo de arranjar alguma ocupação missionária para o meu lado nerd. Nas escrituras, sempre vemos grandes sábios, como Narada Muni, ensinando através de analogias com elementos comuns de uma vida rural, que era o padrão naquele momento histórico. Hoje em dia, é a cultura pop que permeia toda a vida social, então nada mais didático e eficiente do que utilizá-la para Krishna.

 

 

Damodara nos bastidores, acompanhando comentários ao vivo e atenta a contratempos técnicos.

 

Já havíamos feito alguns artigos nesta linha para o Volta ao Supremo e todos tiveram boa repercussão. Um deles, “Onze Lições de Yoga com Stan Lee”, foi o mais lido de 2018. Então, achamos que seria interessante ter um quadro de cultura pop no Clube do Dharma.

 

Já tivemos episódios sobre Star Wars, Marvel, mangás, cinema, games e literatura. E ainda vamos ter este ano uma série especial sobre Matrix, antecedendo o lançamento do quarto filme da série.

 

Volta ao Supremo: Que outros planos têm para o futuro?

 

Nrisimhananda: Na temática das lives, estamos sempre atentos à demanda do público e também da comunidade vaishnava. Os devotos atualmente me pediram um conteúdo diretamente sobre Prabhupada, o que eu já estava planejando há algum tempo. Então logo teremos uma nova série de vídeos comentando as cartas que Prabhupada escrevia a seus discípulos. Esse é um tema bem fascinante.

 

Também estamos tentando expandir nossa estrutura, criar um site, uma plataforma para cursos etc. Queremos também lançar alguns livros sobre o tema do dharma. Em julho, iremos ter um curso de sânscrito com o professor Mukunda, que tem uma experiência de quase três décadas no assunto.

 

Estamos trabalhando especialmente em dois cursos: “Jornada da Vocação” e “Jornada da Devoção”.

O “Jornada da Vocação” será um curso sobre como podemos descobrir nossa vocação e vivê-la de forma adequada no mundo contemporâneo. A ideia é discutir os diversos arquétipos psicológicos materiais e como o dharma se reflete neles, debater varna (dharma profissional) e asrama (dharma social) na pós-modernidade, a atuação dos modos da natureza nas vocações e a relação entre os mais diversos dharmas e o yuga-dharma, o dharma da era, que é cantar o maha-mantra Hare Krishna. Haverá também estudo de muitos versos e passatempos do Srimad-Bhagavatam que tratam do tema do dharma, além de uma análise do dharma na vida de personalidades históricas de fora do contexto védico, como Abraham Lincoln, Papa Francisco e Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

Já o “Jornada da Devoção” será um curso de formação em bhakti composto de 108 lições, cada uma delas dividida em três partes: “Conhecimento”, “Prática” e “Meditação”. A parte do “Conhecimento” sempre trará uma explicação teológica de algum conceito do vaishnavismo, a parte “Prática” terá algum desafio para o estudante (começar a cantar japa, peregrinar para o templo ou asrama mais próximo, presentear algum amigo com um livro de Prabhupada etc.) e a parte “Meditação” será sempre um verso das escrituras ou alguma canção de um acharya vaishnava para ser decorada pelo aluno. Nosso objetivo é também inserirmos discussões sérias que julgamos fundamentais ao longo do estudo: como sobreviver a uma crise de fé, como não deixar minha autoestima ser afetada pelas minhas dificuldades ao longo da minha vida espiritual e assim por diante.

 

Volta ao Supremo: Para quem ainda não acompanha o Clube do Dharma, por onde você recomenda começar?

 

Nrisimhananda: Já temos mais de 500h de conteúdo gravado, e todo esse material está acessível em nosso Facebook, Instagram e canal do YouTube. Algumas boas recomendações são a série Dharma na Bhagavad-gita (https://bit.ly/3hSNbay) e a série Dharma nas Profissões (https://bit.ly/2RJgQbn).


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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

[Amigos de Krishna] Vendo-nos Claramente através dos Olhos dos Outros

Vendo-nos Claramente através dos Olhos dos Outros Chaitanya-charana Dasa “Às vezes, você não pode se ver claramente até que se veja através dos olhos dos outros.” (Ellen Degeneres) Quando queremos saber como estamos, é preciso um espelho. Da mesma forma, quando queremos nos entender melhor, precisamos de um espelho específico. Tais espelhos são aqueles que nos conhecem bem. É claro que nem todos que nos conhecem podem ser espelhos úteis – eles precisam ser inteligentes e benevolentes. Isto é, precisam ser perceptivos o suficiente para enxergar nossos potenciais e pontos cegos, e precisam estar muito dispostos a nos ajudar. De nosso círculo social, precisamos selecionar cuidadosamente essas pessoas, ou expandir nosso círculo até encontrá-las. E uma vez que identificamos esses amigos inteligentes e benevolentes, precisamos cuidar e nutrir nosso relacionamento com eles. Precisamos dos outros para nos compreender? Não podemos nos entender por meio da introspecção? Sim, nós podemos. Ao nos observarmos, principalmente nas situações que nos causam emoções de conforto e nas que desencadeiam emoções de desconforto, podemos compreender melhor nossas forças e nossas limitações. No entanto, quando nossa mente está apegada a alguma coisa e se agitada por causa de uma oportunidade ou uma ameaça relacionada a essa coisa, não podemos acalmá-la facilmente com nossos próprios esforços. A mente confusa torna nosso mundo interior como um lago turbulento, através do qual não conseguimos enxergar. Em meio a essa escuridão interior, a introspecção se torna não apenas difícil, mas também perigosa. Nossa mente passa a distorcer nossa visão ao invés de ser um canal para ela. Quanto mais tentamos pensar sobre isso, mais nossa mente nos leva a equívocos e erros. A propósito, a Bhagavad-gita (6.5) adverte que nossa mente pode agir como nossa inimiga. Em tais situações de apego e agitação, precisamos de pessoas confiáveis ​​que possam olhar para as coisas objetivamente. Para questões nas quais estamos muito envolvidos emocionalmente e outros não, eles podem nos dar uma perspectiva de equilíbrio saudável que não podemos obter pela introspecção. Esse é um papel difícil desempenhado por amigos espirituais. Quando eles podem compreender nossa mente e podem nos ajudar a entendê-la, eles servem como espelhos vitais e mentores inestimáveis. De acordo com a psicologia moderna, os parceiros responsáveis são especialmente importantes para promover a autoconsciência e facilitar o autoaperfeiçoamento, especialmente para viciados cujas mentes frequentemente sabotam a introspecção com a racionalização. Além disso, outros também podem atuar como placas de ressonância, onde testamos nossas ideias e obtemos feedback. Assim, apreciamos melhor os pontos fortes e também as limitações de nossas ideias, e podemos processá-las de maneira adequada, rejeitando, refinando ou desenvolvendo-as. Nos círculos espirituais, a introspecção e a associação são consideradas importantes para promover o crescimento. A Bhagavad-gita (17.16) recomenda o silêncio assim como a austeridade do falar. Simultaneamente, enfatiza que os devotos alegremente se iluminam por meio de discussões espirituais (10.9). Nossos amigos espirituais são espelhos que nos ajudam a ver tanto o melhor dentro de nós quanto o pior. Eles nos ajudam a compreender nossa espiritualidade essencial, nossa divindade adormecida como partes eternas da divindade suprema e nossa capacidade de liberar esse potencial. E nos ajudam a ver os condicionamentos e contaminações que mantemos escondidos tão profundamente em nosso armário interior que tentamos negar sua existência não apenas para o mundo, mas também para nós mesmos. As oportunidades que vêm do nosso lado superior e as ameaças que vêm do nosso lado inferior – ambas podemos processar melhor ao nos abrirmos para uma comunicação direta com nossos amigos espirituais.Ao nos ver através de seus olhos, nos sentimos inspirados a limpar o que temos de pior e revelar o que temos de melhor. Adquira e receba em casa: -- Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "Amigos de Krishna" em Grupos do Google. Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para devotos-unsubscribe@googlegroups.com Se estiver tendo problemas ao visualizar o texto, veja a mensagem no site http://groups.google.com.br/group/devotos Para ver mais opções, visite este grupo em http://groups.google.com.br/group/devotos --- Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "Amigos de Krishna" dos Grupos do Google. Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para devotos+unsubscribe@googlegroups.com. Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/devotos/a1681b21-e1d7-5f92-18d1-9b8d063c3ea5%40gmail.com.