[Amigos de Krishna] Compaixão na Prática - Bhakti-tirtha Swami
Compaixão na Prática
Bhakti-tirtha Swami
Ganhamos nova vida quando alguém se importa.
Todas as principais escrituras enfatizam que somos seres eternos que têm um lar que fica muito distante do reino mundano da nossa existência material. Estamos deslocados neste reino material, que serve como um campo de treinamento para experiências superiores, mas não é onde podemos ser realmente felizes. Na verdade, o propósito supremo da vida espiritual é voltar ao lar, para o Reino de Deus, ou o mundo espiritual. A prática da compaixão é um aspecto essencial da nossa preparação para este objetivo.
Algum tipo de preparação é algo sempre necessário, mesmo na vida mundana; isso nos ajuda a funcionar adequadamente nos vários ambientes. Por exemplo, se estamos indo para uma festa formal, nós nos preparamos nos vestindo formalmente. Se vamos fazer uma performance musical, ensaiamos meticulosamente antes de nos apresentarmos no palco. Se estamos em uma peça, temos que aprender nossas falas. Sem a preparação adequada, ficamos muito ansiosos.
Bem agora, temos que nos preparar o mais rápido possível para recobrarmos o que perdemos e para recebermos os tesouros que estão esperando por nós no reino espiritual. E ninguém pode esperar entrar no Reino de Deus sem compaixão profunda.
Além da Mentalidade Salvacionista
Embora a compaixão seja um requisito para retornar ao lar, retornar ao Senhor, não devemos vê-la de maneira egocêntrica, como uma forma de aumentar nossas próprias chances de salvação. Na verdade, a compaixão vai muito além de qualquer motivação egoísta – além até mesmo do desejo de entrar no Reino de Deus.
Considerando que o egocentrismo interfere no avanço espiritual, temos que fazer uma análise constante de nós mesmos e examinar os nossos padrões de pensamento para desenraizar o egoísmo. Na maior parte do tempo, estamos preocupados com os nossos desejos – nem sequer com as nossas necessidades. Ficamos tão acostumados a perseguir nossos desejos que nos desviamos da experiência de um amor mais profundo, de felicidade e de quaisquer sentimentos permanentes de bem-estar. Ao contrário, permanecemos focalizados nos problemas inerentes ao mundo da dualidade, constantemente alimentando os sentidos e reforçando o sentimento de “eu” e “meu”, em vez de ultrapassá-los na direção dos prazeres superiores. Mesmo um desejo elevado como o desejo de salvação está enraizado no egoísmo. Na verdade, a salvação é algo que acontece automaticamente, na medida em que abandonamos nossos desejos egoístas e aprofundamos nossa compaixão.
O que Não é a Compaixão
Compaixão não é algo emotivo, nem vem e vai de acordo com nossos sentimentos. Quando somos compassivos, oferecemos amor incondicional, desinteressado, para outras pessoas, livremente fazendo sacrifícios em nome delas. A compaixão é espontânea e não tem nada a ver com culpa, medo ou ressentimento. Se oferecemos ajuda aos outros quando não queremos fazê-lo, não estamos de fato motivados pela compaixão. Nesses casos, sentimo-nos impelidos a agir de acordo com as circunstâncias, oferecendo-nos de má vontade somente porque não encontramos um jeito de escapar. Mas a situação é completamente diferente quando ajudamos os outros com um estado de consciência alegre e jovial. Isso é compaixão verdadeira.
Compaixão não é algo emotivo, nem vem e vai de acordo com nossos sentimentos.
Se professamos amor por Deus, temos que também amar Suas partes – todos os seres vivos que estão ao nosso redor. Um verdadeiro devoto do Senhor está interessado apenas em ser um servo dos outros, vendo a todos como uma manifestação das energias do Senhor. Não podemos excluir ninguém do alcance do nosso amor e de nossa compaixão, porque, quando servimos a outras pessoas, estamos, na verdade, servindo ao Senhor.
Todos devem procurar ser expressões do amor em ação, esperando todas as chances para servir. Porém, devemos ter cuidado com nosso estado de espírito de serviço. Às vezes, as pessoas têm uma forma de ostentar sua própria posição supostamente evoluída oferecendo ajuda com uma atitude que sugere: “Você não pode lidar com isto, mas veja como eu me saio bem nesta situação”. Nunca devemos apenas tolerar ou sentir pena dos outros devido a um ponto de vista arrogante. Nossa atitude deve ser: “Sou seu irmão espiritual e vejo que você está ferido. É meu desejo e meu dever lhe ajudar”.
Quando praticamos a compaixão, não temos interesse em nenhum tipo de poder sobre o outro. Esquecidos de nós mesmos, indiferentes à perda ou ganho pessoais, sentimos o sofrimento dos outros tão intensamente dentro de nossos corações que nos dedicamos a fazer algo a respeito. Isso requer uma coragem muito grande.
Pessoas que Têm Desafios Físicos
Você já imaginou como seria se fosse cego? A vida para o cego pode ser extremamente difícil. Porque muito do que fazemos requer o sentido da visão, os cegos são frequentemente forçados a depender da ajuda dos que podem enxergar. Quando eles estão especialmente desesperados por alguma ajuda, as pessoas podem ignorá-los ou até abusar deles. Se queremos nos tornar transcendentais e desenvolver qualidades que nos levem de volta a Deus, temos que experimentar a compaixão por essas pessoas.
Todos já visitamos pessoas que estão confinadas às suas camas com doenças sérias ou que não conseguem andar porque ficaram inválidas, desamparadas. Uma vez que elas não podem tomar conta de si mesmas, elas têm que depender dos outros para que as alimentem, banhem e, às vezes, até mesmo levem ao banheiro. Essa dependência pode ser muito humilhante. Em algumas situações, os supostos amigos e membros familiares não gostam dessas pessoas, considerando-as como fardos pesados devido à necessidade de constante monitoramento e assistência. A sua compaixão por essas pessoas é tão forte que estaria você disposto a libertá-las de seu tormento?
Indivíduos sem Lar
As pessoas que não têm lar são um problema em todo o mundo. Mesmo em capitais de países de primeiro mundo, muitas pessoas estão se acotovelando nas calçadas, todos os dias do ano e em todos os extremos climáticos. Ao final do dia, essas pessoas não têm família para consolá-las, nem refúgio.
Como contraste, pense em sua própria vida: pela manhã, você sai de sua casa confortável, em direção ao trabalho ou outras atividades, e no final do dia volta para passar a noite com sua família ou com aqueles que lhe são próximos. As pessoas que nos são queridas nos dão um propósito para a vida, inspirando-nos com força o bastante para voltar mais uma vez, no dia seguinte, para enfrentar novos desafios.
Mas imagine aqueles que não têm trabalho, nem lar, nem família. Quando eles finalmente encontram um local para descansar na rua, jovens talvez os agridam ou a polícia pode prendê-los. Nossa compaixão é forte o bastante para permitir que sintamos a tristeza deles?
Aqueles que Estão Confinados
Nossos elevados índices de criminalidade e encarceramento indicam que algo está seriamente errado com a sociedade em si. A parte mais angustiante da situação é que os adolescentes estão cometendo muitos crimes. A juventude representa o futuro de qualquer nação, mas um número crescente de jovens sentem-se tão furiosos, perturbados e frustrados que se lançam à vida de maneiras improdutivas – algumas extremamente sérias.
Você pode imaginar receber uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional? A cada dia você acorda sem nenhuma expectativa. Você pode ter perdido todo o contato com o mundo exterior, e até mesmo sua família não mais se comunique com você. Você gostaria de nunca ter nascido e sua maior expectativa é o momento da sua morte.
Para aprofundarmos nossa compaixão e desenvolvermos um sentimento de gratidão, poderíamos querer quebrar nossa rotina normal e visitar uma prisão para compreender a condição dos presos. Quando testemunhamos os níveis de debilitação e desesperança que outros sofrem, conseguimos ter uma apreciação mais profunda de nossa própria boa fortuna e estabelecer um compromisso mais firme para usarmos o que temos para ajudar os outros.
Os que Sofrem Abuso
Agora, imaginem um garotinho ou uma garotinha desamparados, sendo repetidamente abusados por aqueles que deveriam ser seus protetores. Como é doloroso ver uma criança inocente voltar-se para seus pais em busca de amor e cuidado, e receber apenas mais tortura! O abuso infantil está crescendo em nossa sociedade. As crianças abusadas aprendem cedo a ver o mundo inteiro como um lugar hostil.
Crianças abusadas aprendem cedo a ver o mundo inteiro como um lugar hostil.
Outra área crescente de abuso é a dos idosos. Imagine uma senhora idosa que deu sua vida à família, somente para experimentar isolamento e humilhação na idade avançada. Seus próprios filhos rejeitaram-na e trataram-na com desprezo. Eles esqueceram que também ficarão velhos algum dia, dependentes de outros —talvez dos próprios filhos.
Às vezes, os filhos dessa senhora idosa batem nela, sabendo que não ousará revidar ou contar para ninguém. Esses filhos ingratos se incomodam com o simples fato de que ela ainda está viva. Como abutres, tiram o dinheiro dela e outros bens, enquanto ainda está viva, esperando que morra em breve, a fim de que eles possam retirar o seguro e terminar com isso de uma vez por todas.
Poder e Inspiração
Às vezes, o egoísmo extremo e o sofrimento intenso ao nosso redor podem ser tão arrebatadores que nos perguntamos se alguém é capaz de expressar compaixão desinteressada e amor incondicional. Felizmente, porém, sempre há mensageiros divinos que podem nos ensinar a compaixão, servindo de modelos que elevem nossa consciência a um nível superior de expressão espiritual. Aqueles que encontram tais seres abnegados são abençoados com uma rara oportunidade de testemunhar as almas evoluídas em ação, que alegremente renunciam a todo benefício pessoal para permitir que outros voltem para o Supremo. Dados o compromisso total e compaixão infinita dessas almas santas, como podemos não ficar inspirados a imitá-los? Com a proteção e assistência deles, podemos fazer milagres.
Atingimos níveis mais profundos de espiritualidade de acordo com a extensão de nosso amor e compaixão. Quando experimentamos um desejo intenso de fazer mudanças dramáticas para melhor, obtemos grandes poderes. Embora o cumprimento de um forte desejo como esse possa estar muito distante de nossas próprias capacidades, lembremos que nossa sinceridade e dedicação podem atrair as energias do Senhor, habilitando-nos para executar feitos que jamais poderíamos cumprir sozinhos.
Muitos grandes profetas tiveram tais experiências que lhes deram poder. Alguns chegaram diretamente de suas moradas superiores como embaixadores. Outros, ainda, nascidos na Terra, tornaram-se tão compassivos e intensos em seu desejo de ajudar que receberam poderes divinos. Eles sentem a dor dos outros a tal ponto que o Senhor permite que Sua energia divina entre neles e os ajuda em sua missão compassiva.
Atuando como agentes do Senhor, eles recebem uma das maiores bênçãos que qualquer um neste estado de evolução pode experimentar: a habilidade de erradicar os padrões negativos cármicos das outras pessoas, como Jesus o fez ao morrer pelos pecados da humanidade. As vidas de tais seres compassivos neutralizam muito da negatividade e do carma coletivo da sociedade, dando mais oportunidades de aprendermos as verdades superiores.
Ajuda para os Desiludidos
O materialismo do mundo constantemente captura os sentidos e nos alimenta à força com algo que não nos satisfaz ou sustenta. De fato, o materialismo age como um veneno lento. Algo está seriamente errado quando muitas de nossas mentes mais brilhantes dedicam-se a aperfeiçoar a habilidade para matar, ou quando um dos maiores negócios do planeta é o comércio de drogas ilícitas. Uma cultura não está saudável quando armazena armas químicas e nucleares – o suficiente para aniquilar todos no planeta várias vezes.
Todos estão cada vez mais expostos às energias demoníacas. Em um mundo insano, devemos evitar tentar nos encaixar em um modelo pervertido e nem devemos ter medo de sermos diferentes. Adaptar-se a um ambiente tão louco assim é sinal de verdadeira insanidade, e ser diferente pode ser uma posição saudável e cuidadosa.
Como guerreiros espirituais, porém, temos que entender a atmosfera predominante e não ficarmos surpresos quando as pessoas rejeitam nossa ajuda. Elas podem ter sido pegas na escravidão da satisfação dos sentidos ou sentem-se impotentes para lutar contra o comportamento que está ao redor delas. Além disso, essas pessoas podem ter sido decepcionadas no passado e estão com medo de ser enganadas novamente. Elas se resguardam como uma forma de autoproteção.
Contudo, a compaixão exige a nossa ação. Se somos covardes demais para compartilhar impassivelmente nosso amor e devoção com os outros, ou se estamos com muito medo de sermos excluídos devido às nossas supostas excentricidades, fazemos parte da loucura e seremos de pouca ajuda. Embora não tenhamos que forçar ninguém a nos aceitar, uma vez que nosso amor e compaixão tornam-se mais profundos e fortes, rodeamos outras pessoas com um brilho espiritual tão poderoso que elas podem começar a nos aceitar e ao que temos para oferecer.
O Problema É o Amor Insuficiente
Temos sempre que nos lembrar que a maioria do sofrimento do mundo não é por causa das condições materiais, mas por causa do amor insuficiente. Pensem na ira e agressividade de muitas crianças de hoje. Dado o ambiente em que elas cresceram, é quase impossível que elas se comportem de outra forma. Como produtos de uniões egoístas e exploradoras, elas foram concebidas com violência, sem nenhuma expressão de amor genuíno. No útero, essas crianças ouviram somente ansiedade, frustração, raiva, melancolia e desespero. Após o nascimento, elas foram expostas à mesma atmosfera. Em todos os estágios críticos do desenvolvimento – na verdade, em quase todos os momentos –, a vida trata-as com hostilidade, abuso e negligência. Essas almas nunca encontraram alguém que realmente se importasse com elas.
Porém, às vezes certas pessoas desses ambientes escapam do destino comum. Elas não se voltam para as drogas ou para o crime, nem estão na prisão. Ao contrário, elas se tornam políticos, médicos, assistentes sociais ou educadores com preocupação genuína pelos outros. Como elas escapam da hostilidade e degradação do ambiente que as circunda? Quando olhamos para o passado dessas pessoas, descobrimos que pelo menos uma pessoa na vida delas fez a diferença. Alguém se importou de fato e o amor dessa pessoa transformou a consciência desses indivíduos. Elas ganharam um sentimento de motivação e respeito próprio que lhes deu a força para resistir à negatividade ao redor delas. Nunca sabemos quando estamos desempenhando um papel importante na vida de outra alma. Todos influenciam uns aos outros de formas sutis e também óbvias, e às vezes não estamos conscientes do impacto que causamos sobre outra pessoa.
Muitos escapam de um destino trágico quando têm ao menos uma pessoa que lhes amou.
Nos dias de hoje, em que tantas pessoas estão sufocando com as pesadas impurezas do planeta, um sopro de ar fresco, uma brecha, podem fazer uma diferença enorme – especialmente se forem potentes. Não podemos enfatizar de maneira adequada a importância de nossos pequenos e aparentemente insignificantes gestos. Quanto mais manifestamos a divindade dentro de nós e a expressamos através da compaixão, mais conseguimos elevar aqueles que encontramos no decorrer de nossa vida diária.
Tornando-se Mais Receptivo às Energias Superiores
Conforme contemplamos os problemas na sociedade e sentimos um desejo de fazer a diferença, temos que desenvolver nossos recursos internos para sermos capazes de oferecer serviço. Não podemos dar o que nós mesmos não possuímos. A fim de ter algo valioso para compartilhar, temos que nos purificar e viver de maneira mais transcendental. Então, nossas interações com os outros serão genuínas, vindo do âmago mais confidencial, em vez de ser um comportamento superficial, adotado para salvar as aparências.
O efeito que temos sobre os outros está fundamentado em quem somos e que energias irradiamos. No nível físico, podemos não ter muito para fazer a diferença. À medida em que interagimos com os indivíduos e o ambiente, nosso próprio amor, devoção e consciência superior são automaticamente transmitidos para os outros – o que, por sua vez, pode também fazer uma diferença importante.
Por esta razão, temos que trabalhar em nós mesmos de maneira que possamos naturalmente irradiar o amor e a compaixão. Tal trabalho não é, de maneira nenhuma, egocêntrico. Nós nos transformamos em soldados que estão se preparando para a batalha. Qualquer interação com outra pessoa está cheia de influências sutis e intercâmbios que são muito mais penetrantes do que as aparências externas possam sugerir. Mais uma vez, as pequenas palavras, expressões simples e gestos bondosos que compartilhamos com as pessoas que necessitam são muito mais benéficos do que as moedas que colocamos em suas mãos.
As práticas espirituais tais como ler, meditar ou entoar mantras ajudam a nos preparar para um serviço maior para a humanidade e para o planeta. Contudo, nossa motivação para essas práticas nunca deve ser a de intensificar a nossa situação material ou obter influência psíquica sobre os outros. Temos que nos perguntar: “Como posso me desenvolver e crescer para que possa compartilhar?” Esse tipo de atitude, acompanhada de humildade e compaixão, pode nos fazer mais receptivos às energias superiores.
A Arte de Renovar-se
Se queremos servir aos outros com eficácia e com compaixão constante, temos também que aprender a arte de nos reabastecermos. Todos temos uma necessidade de cuidado próprio, conforme cumprimos nossas responsabilidades diárias. Alguns membros das profissões que lidam com o cuidado dos outros – assistentes sociais, enfermeiras ou médicos, por exemplo – podem se tornar extremamente saturados e insensíveis, pois eles tentam ajudar outras pessoas sem ter tempo para si mesmos. Por fim, eles são pegos pelas energias inferiores das pessoas com quem estão lidando, o que os leva a ficar frios e rudes.
O canto de mantras é uma forma de cuidar de si para cuidar dos outros.
Podemos nos renovar através da oração, da meditação, da dieta ou nos retirando do ambiente e nos expondo à influência da energia espiritual para limparmos a consciência. Cantar, ou repetir mantras, pode ser de uma ajuda tremenda. Muitas tradições usam contas de rosário como um apoio para entoar. Quando os praticantes espiritualistas cantam nessas contas, estão orando: “Querido Senhor, de alguma forma eu Lhe abandonei. Por favor, me resgate. Por favor, permita que eu seja novamente útil.” O cantar também permite que as pessoas expulsem muitas das energias negativas que as rodeiam constantemente no trabalho ou nas ruas.
Imaginem como seria ver os pensamentos das pessoas, conforme atravessamos a rotina de nossa vida cotidiana! Visualizem-se em uma cidade, indo de casa para o trabalho, em um ônibus. Agora, imaginem que outro passageiro está irado. O impacto causado por aquela ira é equivalente a estar sendo apedrejado. Outra pessoa está amedrontada; outra está perturbada; e ainda outro indivíduo está com inveja do que você está vestindo. Na verdade, você está sentado em um ônibus com quinze pessoas mais ou menos, que estão lhe bombardeando com pedras. É de se espantar que você saia dali ferido? Seu corpo físico pode não sentir isso, mas o corpo sutil foi atacado. Você carrega todos esses ferimentos para casa com você.
Cantar ou repetir um mantra sagrado permite-nos curar essas feridas. Melhora nossa resistência para que consigamos nos precaver contra esses ataques violentos à nossa consciência. É por isso que tantas tradições enfatizam a importância de invocar os nomes de Deus. Mesmo na vida mundana, quando chamamos o nome de alguém, estamos convidando essa pessoa para nos notar e vir até nós. Da mesma forma, quando falamos o nome do Senhor, estamos convocando Sua presença. Cantar os santos nomes pode ser uma prática poderosa que invoca a proteção amorosa da Suprema Personalidade de Deus. Também pode ser uma maneira muito importante de nos ajudar a ficarmos profundamente compassivos.
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